Pioneiro em Regata Lixo Zero do país, Saveiro Clube da Bahia fortalece ações de sustentabilidade na 46ª Regata da Primavera

Evento conta com programação especial na capital baiana e em Itaparica

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Evento conta com programação especial na capital baiana e em Itaparica

A Regata da Primavera do Saveiro Clube da Bahia chega a sua 46ª edição marcada pelo sucesso no mar e na terra. Em 2022, a regata se consolidou como pioneira Regata Lixo do país com a adoção de práticas sustentáveis e ações educacionais e culturais de conscientização ambiental à comunidade baiana, especialmente aos moradores de Itaparica, por meio da parceria com o Movimento Mulheres no Timão, formado pelas empresas Vegah Ecossistêmica e pela Compostar. Munido de cooperação e união de propósitos, o movimento, mais uma vez, cumprirá uma rica agenda ecossistêmica com a participação ativa de marisqueiras, pescadores, professores, estudantes, ambulantes, comerciantes, artesãos e artistas da região. Entre as novidades desta edição, tem a parceria feita pelo Saveiro com a Eco Garopaba, para a confecção de pranchas de surf e stand up paddle com garrafas Pet, em oficina com estudantes do município.
Idealizado por Jacqueline Moreno, o projeto Mulheres no Timão busca trazer o sentimento de pertencimento e protagonismo cidadão na preservação dos mares e oceanos por meio da cooperação feminina. “Quando promovemos o desenvolvimento sustentável de comunidades, impulsionamos autonomia e autoestima, deixando o legado do turismo com responsabilidade socioambiental e econômica. O Saveiro Clube da Bahia, sob a gestão do Comodoro Fernando Neves e do diretor de eventos Jorge Vitta, deu um passo importante e sem retorno. O desenvolvimento sustentável é o caminho inclusivo que respeita a natureza humana e a natureza maior, com responsabilidade socioambiental e alinhamento aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU (Organização das Nações Unidas) para 2030”, destaca Jacqueline.
A 46ª edição da Regata da Primavera trará uma programação sustentável diversificada. “Acontecerão ações em terra firme, um dia antes da regata e no dia do evento. As oficinas de educação Ecossistêmica nas salas de aula, nas escolas e ao ar livre vão impactar diretamente 90 crianças, incluindo comerciantes, ambulantes, artesãos, pescadores, marisqueiras, professores e gestores municipais. Além disso, também acontecerá compostagem, limpeza do manguezal, oficina de prancha ecológica e conceito lixo zero em todas as ações. Esse é um exemplo replicável para o mundo e assim com os mares e oceanos, somos sem fronteiras e queremos alcançar águas internacionais”, ressalta Jacqueline.
Com o objetivo de conscientizar crianças e jovens de Itaparica de forma lúdica sobre as consequências que o lixo traz ao nosso planeta, o Saveiro Clube da Bahia fechou parceria com a Ong Eco Garopaba, criada há dez anos por Jairo Lumertz e Carolina Scorsin, e que juntos promovem atividades de conscientização em todo o país através do projeto Prancha Ecológica. A dupla já palestrou para mais de 60 mil crianças, visitaram 17 estados do país e retiraram mais de 30 mil garrafas plásticas que estavam poluindo o meio ambiente e foram transformadas em pranchas de stand up, surf e bodyboard, incluindo itens adaptados a pessoas com deficiência física.
“A prancha se torna uma ferramenta para falar sobre os problemas que o lixo vem causando em nosso planeta. Incentivamos o esporte, a preservação da natureza e, ainda, capacitamos multiplicadores para dar continuidade ao projeto. Em Itaparica, faremos uma palestra de educação ambiental e incentivo ao esporte. Na oficina, vamos ensinar a fazer a prancha e vamos colocar algumas crianças para testá-la”, conta Carolina.

Legado ecossistêmico
A expectativa do Saveiro Clube da Bahia para esta edição da regata é fortalecer ainda mais o legado ecossistêmico deixado pelo evento. Assim como aconteceu na edição do ano passado, a oficina de compostagem, com Joana Kalid, da Compostar, levará o conceito de reciclagem do orgânico aos alunos da rede municipal. “A ideia é que eles aprendam a importância de descentralizar o envio de matéria orgânica pelo serviço de coleta urbana, os impactos positivos dessa mudança de hábito e que ainda possam gerar um adubo riquíssimo em casa para ser aproveitado em algum plantio”, explica Joana.
Após limpeza da praia e triagem dos materiais com a Cooptres (Cooperativa de Trabalho Com Resíduos Sólidos da Ilha de Itaparica), será dada a destinação correta para os recicláveis e rejeitos. “Nesse momento, chamaremos a atenção para o descarte incorreto, poluição plástica nos mares e oceanos e, principalmente, para o uso de plástico único que é o material mais encontrado. Canudos, talheres, pratos de isopor, copo plástico. Esses materiais, inclusive, tem dificílima absorção na cadeia de reciclagem, quase sempre se tornando rejeito”, pontua.

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